terça-feira, 17 de maio de 2011

Celacanto Peixe Pré-histórico


Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Coelacanthimorpha 
Ordem: Coelacanthiformes 
Família: Latimeriidae 
Género: Latimeria
Espécie: Latimeria chalumnae

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Uma espécie rara de peixe pré-histórico, com aproximadamente 360 milhões de anos de existência, o qual cientistas acreditavam ter desaparecido juntamente com dinossauros, foi pescado recentemente por um pescador da Indonésia. Trata-se do celacanto, que após a captura permaneceu vivo por 17 horas, graças ao esforço do pescador, que, tomando conhecimento da importância do peixe, o levou de volta ao mar, mantendo-o dentro de uma área cercada, onde morreu.
A façanha aconteceu perto da Província de Sulawesi Norte, quando Yustinus Lahama pescava com seu filho. Pesquisadores do país explicaram que o peixe viveria no máximo duas horas se mantido longe de habitat natural (a 60 metros de profundidade) e ainda disseram não entender como o celacanto, de 51kg e 131cm de comprimento, conseguiu sobreviver por tanto tempo.
Contudo, essa não foi a primeira vez que um peixe dessa espécie é capturado. Em 1998, pescadores encontraram outro em uma rede de águas profundas, armada para a pesca de tubarões, na região costeira ao norte de Sulawesi. O primeiro celacanto a ser reencontrado foi em 1938, na costa leste da África do Sul. Até então, acreditava-se que a espécie estava extinta há 80 milhões de anos, de acordo com o Museu Australiano de Peixes.
Os celacantos (Actinista) são um grupo de peixes sarcopterígios  aparentados com os dipnóicos e outros peixes extintos do período devoniano, como os osteolepiformes, porolepiformes, rizodontes e Panderichthys. Acredita-se que os celacantos teriam sido extintos no Cretáceo Superior, porém foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chulmnae eLatimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído ao seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.
Sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.
Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 25 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.
Atualmente, já se conhecem populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).
Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos. No entanto, estudos recentes não apontam mais este tipo de relação.




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